quarta-feira, 23 de abril de 2014

As Pupilas dos meus Olhos (Efigenia Coutinho - Edson Gonçalves Ferreira - Maria João Brito de Sousa - Odir Milanez da Cunha - Sonia Nogueira)



 As Pupilas dos meus Olhos
Efigênia Coutinho

Nas pupilas dos olhos meus
Estão tatuados os versos teus
Não sei quantos te ler, irão,
Como eu os leio com emoção!...

Sirvo-me deles como alimento,
A envolver-me em doce sentimento.
Quase não vivo, ao te ter na lida
Do eterno compromisso da vida!...

Nestas provas que eu te dou,
 Minha fidelidade sempre te honrou!
 Direi então, muito vou sofrendo
Na longa viagem que vou fazendo!...!

Quero os meus sonhos suavizar,
Vencer o meu cansaço e reclinar,
O tempo na doçura de cada verso,
Que minhas pupilas beijam teu reflexo!

Balneário Camboriú 2003


Interação poética
de Edson Gonçalves Ferreira
   para Efigênia Coutinho

Olhando bem, muito bem
as pupilas dos teus olhos,
sinto que eles são espelhos
onde o Amor é reflexo luminoso que encanta o mundo...

Os versos teus são com o olhar de Deus
e derramam tanta luz
que o mundo se sente renhido
e a terra toda se extasia...

Não precisas dar provas,
teus versos já testemunham tudo.
Até as estações do ano
e, quando tu escreves, há primavera,
pois fazes da palavra flor;
há outono,
pois fazes da palavra fruto
e nos sacia de tamanha fartura de flores e frutos.

Divinópolis, 17.03.2010

Parabéns pelos seus lindos versos, Efigênia,
Abraço, Edson


AS PUPILAS DOS TEUS VERSOS
Maria João Brito de Sousa

E hoje que as pupilas dos meus versos
Se alagaram em lágrimas de dor
Por caminhos incertos, tão adversos
Quanto a rosa que pica, sendo flor,

Logo hoje que os meus olhos se inundaram
E que as mãos me tremeram de impotência,
Logo hoje que os caminhos me roubaram
Uma amizade alada - que inclemência! -,

Logo hoje que sinto assim, culpada,
Que quero recolher-me e não pensar,
Que choro enquanto escrevo um verso ou dois,

Logo hoje a minha pobre amiga alada
Que eu tentava ensinar a querer voar,
Esvoaçou e morreu logo depois...

Portugal


TEUS  OLHOS
Odir Milanez da Cunha, de passagem

As vezes me perco
em teus olhos-segredos.
Às vezes meus medos
me fazem falhar
no que tento dizer,
no que penso escrever
do que possa encontrar
em teus olhos-segredos,
e me escondo nos medos
do meu próprio olhar.

Às vezes me encontro
em teus olhos cedentes,
vibrantes, candentes,
contidos conceitos
de como lhes vejo
no dom do desejo
a que são sempre afeitos,
teus olhos lascivos
me deixam, visivos,
sensivos trejeitos.


As Pupilas dos Teus Versos
Sonia Nogueira

São dois farois raros e gigantescos
Em cada sílaba que se acasala
Pinta frases mansas em arabescos
De paixão suave que o amor escala                                                                                                                      

Cada nota em forma de canção
Revela nas palavras sintonia
Que meu coração frágil em agonia
Chama-te pra amenizar emoção.

Leio com tanto amor e tal desejo
Que meu pulsar revela na pupila
A inquietude de obscuro pejo.

Quando te leio os versos, a mim
Disseco cada letra, cada milha
Como se fosse caminho sem fim

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