segunda-feira, 5 de maio de 2014
Justiça Efigenia Coutinho & Bernardino Matos
JUSTIÇA
Efigênia Coutinho
Ó justiça, guia de nossa vida, que seria
Do Universo sem ti! Tu és inventosa das
Leis, mestrando jurisprudência, tu
Alevantas as virtudes e abates os vícios.
Tu és inimiga da azeda discórdia, e
Conservadora da doce Paz. Tu afugentas
Os maus, e asseguras os bons! Sem ti
A ordem é desordem, a vida é morte!
Tu alegras os justos tristes, e entristeces
Os justos alegres, de modo a deixar suas
Vãs e temporais alegrias, para alcançarem os
Verdadeiros e eternos contentamentos!
Finalmente tu és aquela gloriosa escada
de Jacó, que com uma ponta estava na terra,
E com a outra no céu, e nela uns subiam
Outros desciam... porque tu elevas aos justos
E santos até aos altos de todos os Céus!
JUSTIÇA.
Bernardino Matos.
Ela tem como símbolo a balança,
se em cada prato forem colocados,
pesos iguais,o equilíbrio alcança,
a justiça se faz, para ambos os lados.
Salomão, um rei de grande sabedoria ,
diante de duas mulheres que disputavam,
uma criança, cada uma aos brados requeria,
sua guarda e, asperamente, se digladiavam.
Salomão, ordenou, então, com relutância
que a criança fosse dividida, ao meio
encerraria, assim, aquela beligerância,
atenderia às partes, sem mais rodeio.
Cada uma receberia a metade, peso igual,
estaria encerrada a contenda, sentenciou,
ficou somente aguardando o desfecho final,
a verdade apareceria, Salomão, aguardou.
A mãe verdadeira, aos prantos, suplicou,
que poupasse seu filho, e o entregasse vivo,
á oponente. de joelhos, chorando, implorou,
foi o suficiente, faltava apenas esse motivo.
A outra mulher exigiu, simplesmente,
que a sentença do rei fosse respeitada,
Salomão, então, de forma contundente,
entregou a criança à mãe ajoelhada.
Falou mais alto a verdade da alma,
o eco estridente e assaz vigoroso,
da justiça divina, que sempre acalma,
e reconforta sempre o coração amoroso.
"Aquele que não tiver pecado", bradou,
Jesus, " que atire a primeira pedra",
e a morte de Madalena, assim, evitou,
o ódio, o rancor, somente maldade medra.
A justiça age no âmago da consciência,
a angústia que em nossa alma instala,
pune, profundamente, tal inconseqüência,
a voz da verdade atua, jamais se cala.
A justiça dos homens, geralmente falha,
quando o homem encarcera a verdade,
e com a guilhotina do desamor ele talha,
a voz da consciência, com atrocidade.
A justiça age dentro de nós, ela sentencia,
nossos erros e nossos prejulgamentos,
não perdoa, se nossas maldades presencia,
nos pune,quando ferimos os sentimentos.
Com uma venda nos olhos, ela é representada,
cega, ela não se detém em coisas materiais,
ela vai direto ao essencial,no amor é centrada,
não aceita convenções, mentiras, gestos desleais.
Que a justiça prevaleça em todos as decisões,
que tomarmos, em todas as nossas atitudes,
que se instale em todas as almas e corações,
e seja em nossa vida a maior das virtudes.
Fortaleza, 06 de outubro de 2006
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Parabéns, Efigenia Coutinh opelo belo espaço com muito bons poemas como este:JUSTIÇA - a justiça vista pelos olhos de dois poetas num belo dueto. Que bom seria se a justiça assim fosse.
ResponderExcluirParabéns aos dois poetas!
ZCH
Agradecida a amiga querida pela
ResponderExcluirmensagem aos versos lidos,
abraços,
Efigenia