quarta-feira, 23 de abril de 2014

Aquele Olhar (Efigenia Coutinho E Valdir Barreto Ramos)


 AQUELE OLHAR
Efigênia Coutinho (Mallemont)

Quando os olhos se consentem,
ao brilho daquela estrela cadente,
limites de oceanos já não existem,
pois tudo se torna transparente
na nudez pura de almas confidente.

Ah! Este teu olhar reluzente,
Meu rio de águas cristalinas,
Ao leito fofo, quero-te inteiramente
A cobrir-me o corpo lindas coralinas,
No sentir da volúpia sofregamente.

Desse olhar se fez juramentos
Que clamam num rugir dolente,
Levantado sonhos pelos ventos,
Ah! Sonho que jorra lentamente
Na singularidade dessa torrente.

Olhar secular que vem das alturas,
Com os desejos que a alma matiza,
Não sendo puro, chega com juras.
É olhar impuro que se cristaliza,
Na calidez destes versos eterniza!

Balneário Camboriú 2003

O RUÍDO DO SILÊNCIO
 Valdir Barreto Ramos

De repente no silêncio
batidas, achei que na porta,
de pronto perguntei:
-Quem é?
Aquele ruído calou
causando-me um calafrio;
outra vez bateu:
-Quem é?
Levantei-me sorrateiro
contendo minha emoção,
fui à porta, nada era,
batia o meu coração.
Que no silêncio da noite
resolveu falar para mim,
que sofria entristecido
de tanta saudade de ti.


 www.ramos.prosaeverso.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário