quinta-feira, 24 de abril de 2014

Êxtase (Efigenia Coutinho & Francisco Coimbra)

Êxtase
Efigênia Coutinho

Qual uma aquarela o êxtase se colore,
Para enfeitar o umbral da emoção.
Que em beijos, minha boca te devore,
E do ato de amar, sentimos a explosão.

Comungando da volúpia festejamos,
A nossa entrega num beijo sensual.
E o êxtase percorre o que fadamos
Para o desejo cobiçado torne-se real.

Por um latejar que enrubesceste,
Nossos corpos explodem de paixão.
O sangue umedece calorosamente
A nossa carne sedenta em fusão.

É o desejo que brota envolvendo,
Selando em beijos este momento.
Do amor, a magia transcendendo
Nossas almas em puro encantamento.

Balneário Camboriú
Junho 2011

 
SENSIBILIDADE UNIVERSAL

Francisco Coimbra

Gosto da maneira como dizes ao escrever
Escrevendo como imaginas e dás a sentir
Sem que no depois se possa jamais dizer
Teres deixado de fora o que se faz provir

Viajar ao futuro é este deambular fresco
Procurando a magia nesse encantamento
De almas postas a bailar de modo brusco
Feito de ter desperto o activo sentimento

Da presença do corpo na maciez da pele
Que se dá a cheirar abrindo como a flor
Ao calor do sol bebendo seiva vinda dele
Através das raízes em terminais de amor

Sistema nervoso, sensibilidade universal,
Da poesia que em teus versos se respira,
Pois neles mora do desejo humano o sal,
Tempero suave, sensualidade se inspira

Mergulho e nado por baixo das palavras
No aquático espaço, nado sem amarras

25/06/11
São Miguel - Açores



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