terça-feira, 6 de maio de 2014

Visão Efigenia Coutinho & Francisco Coimbra


VISÃO
Efigênia Coutinho

Enfadada sina, não mais me persigas;
Pare com a severa voz que murmura;
Se for a preceito do amor, ou da ternura
Não tentas domar, muito menos mitigas.

Inda meu fraco coração, tu abrigas
conhecendo tamanho sonho,não curas
deixa-me sozinha com minha loucura
Enfadada sina, não mais me persigas.

Tua ardente alma enamorada na outra
É vereda, teu desígnio se fartar de pejo
Quão colorida nestes ternos laços me vejo!

O sonho arqueja,doce visão dos agrados
O amor, segue, rendendo-se qual um raio
Correndo esfuziante, em teus braços caio!


NU (O) PRAZER
 Francisco Coimbra

por tuas veredas me perco e encontro
sem enfado obedecendo sou do Fado
uma música que minha musa dentro
de si encontra fadista com quem falo

este canto que no poema dá encanto
ao bailar das palavras abraçadas nós
do nosso corpo astral dando espanto
às estrelas que não nos deixam a sós

pois no Universo plantamos os versos
soltando em gozo um perfume nosso
onde quem quiser poderá ler/ver sos

feito de sinais plenos completo prazer
do qual ouso dizer chegar até ao osso
onde gravamos as letras com (o) fazer!

2 comentários:

  1. Seguindo e me deliciando com seu lirismo e dos amigos... beijos querida/rosa

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  2. Dois excelentes poemas.
    E nem distingo qual é o melhor dos dois.
    Parabéns a ambos.
    Um abraço para o Francisco e um beijo para a Efigénia.
    Com muito carinho.

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